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“Cancún do Brasil”, a futura atração no Rio de Janeiro

Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro tem se manifestado sobre a possibilidade de criar a “Cancún brasileira” na região da Costa Verde, litoral sul fluminense.

Não se trata de uma ideia simples e, sim, de algo que pode vir a impulsionar mais ainda o nosso mercado de turismo, que já sofreu bastante nos últimos anos.

A região de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty tem tudo para dar certo nessa nova visão do presidente, entretanto, temos que olhar com bastante cuidado para outros temas como saneamento básico, preservação do meio ambiente e segurança pública.

Não podemos esquecer dos sérios problemas que Mangaratiba vem passando, principalmente na região da Praia do Saco, aonde o saneamento é escasso e a população ainda sofre com o nível do mar, que quando chove sobe e inunda.

Também não há como deixar de lado o caso da preservação ambiental local que é justamente conhecida por suas preservadas matas e respeito ao meio ambiente. Temos que lutar para que a chegada de inúmeros resorts e atrações turísticas sejam aliadas do meio ambiente e, quem sabe, contribuindo com cada um dos municípios no tema do saneamento básico. Existe a possibilidade em alterar a Estação Ecológica de Tamoios, em Angra dos Reis, o que poderia aumentar a favelização local e piorar, ainda mais o saneamento básico.

Além dos temas já expostos, há uma grande preocupação, também, com a segurança pública local, que a cada dia só piora, com mais criminalidades de bandidos oriundos da capital fluminense e com ligações diretas, pela proximidade, com São Paulo. Como garantir a segurança de milhares de turistas nessas condições?

Angra dos Reis é a sétima cidade do Brasil em números de turistas, com certeza esse projeto pode vir a agregar, e muito, na formalização de empregos e geração de rendas de milhares de familias contudo não podemos deixar de lado esses três fatores fundamentais para um bom desenvolvimento econômico local.

Paraty é um dos poucos municípios do estado do Rio de Janeiro que vem buscando criar uma agenda cultural durante o ano inteiro, atraindo assim milhares de turistas, brasileiros ou não, em busca da qualidade de seus eventos e será, certamente, mais uma forma de contribuir com a criação da “Cancún brasileira”, tão desejada pelo presidente Bolsonaro.

Se for pelo desenvolvimento local e pelo bem da população, por que não?